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quinta-feira, 19 de maio de 2011

MUSA

Chegas de mansinho,  pela noite quando a cidade dorme e as estrelas brilham.

Aninhas-me no teu peito aristocrático, diafano, quente e cheio de promessas;

acaricias-me com  mãos suaves  como quem tudo sabe e tudo me pode inspirar.

Esforço-me para tornar claras as ideias e paro de respirar,

quero reter na mente o momento e escrever  o  turbilhão de ideias, que me invade.

Mas tu  cruel amiga, às vezes és fugidia como um sonho de  breves instantes,

outras irrompes em mim como  a água da nascente incontrolada em busca do  caminho,

esmagas-me  sentimentos e ideias;

com a tua cimitarra flamante cortas-me  o coração e esmagas o meu querer.

E eu pobre mortal, adormeço no teu seio enganador;

e ás noites  lentas sucedem  os dias que vão passando em vão

e o engenho e arte vai faltando...

...e não consigo escrever.

Liberta-me, dá-me vida, deixa-me  voar.

1 comentário:

  1. Para tudo na vida há um tempo. Este é o meu.
    Jamais deixarei de sonhar, de sentir, de escrever, de dar, de retribuir.
    A história do rótulo foi uma grande marca na minha vida, já a tenho dado a conhecer a muita gente, e por vezes, antes de pensar, falar, agir, lembro-me de ver o rótulo, verificar se valerá apena usufruir do vinho que cada pessoa tem para nos dar, e do teu, tenho plena certeza que valerá sempre apena...
    Obrigada pelas palavras, pelos ensinamentos.
    Beijinho.

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