Chegas de mansinho, pela noite quando a cidade dorme e as estrelas brilham.
Aninhas-me no teu peito aristocrático, diafano, quente e cheio de promessas;
acaricias-me com mãos suaves como quem tudo sabe e tudo me pode inspirar.
Esforço-me para tornar claras as ideias e paro de respirar,
quero reter na mente o momento e escrever o turbilhão de ideias, que me invade.
Mas tu cruel amiga, às vezes és fugidia como um sonho de breves instantes,
outras irrompes em mim como a água da nascente incontrolada em busca do caminho,
esmagas-me sentimentos e ideias;
com a tua cimitarra flamante cortas-me o coração e esmagas o meu querer.
E eu pobre mortal, adormeço no teu seio enganador;
e ás noites lentas sucedem os dias que vão passando em vão
e o engenho e arte vai faltando...
...e não consigo escrever.
Liberta-me, dá-me vida, deixa-me voar.
Para tudo na vida há um tempo. Este é o meu.
ResponderEliminarJamais deixarei de sonhar, de sentir, de escrever, de dar, de retribuir.
A história do rótulo foi uma grande marca na minha vida, já a tenho dado a conhecer a muita gente, e por vezes, antes de pensar, falar, agir, lembro-me de ver o rótulo, verificar se valerá apena usufruir do vinho que cada pessoa tem para nos dar, e do teu, tenho plena certeza que valerá sempre apena...
Obrigada pelas palavras, pelos ensinamentos.
Beijinho.