A pequena Sofia de vinte meses e sua mãe Márcia Santos, são nesta véspera de natal notícia no JN com direito a duas paginas (21 e 22) pelo pior motivo que pode tocar os seres humanos, e que se vai tornando recorrente nos dias de hoje.
Márcia Santos, professora, desempregada, divorciada, desesperada, pegando sua inocente filhinha Sofia de 20 meses ao colo, atirou-se de um viaduto de 40 metros de altura em Vila pouca de aguiar.
Márcia, a quem a curva da vida já havia tirado muito, perdeu também a vida; a pequena Sofia apenas partiu a perninha esquerda. Foi operada encontrando-se aos cuidados estremosos de profissionais da saúde no hospital de Vila Real que lhe diagnostica sobrevivência, como se renascesse...
Mas este não é caso único; no mesmo viaduto já se suicidaram, desde que foi aberto em 2007 quatro pessoas, três das quais professores.
Este é o resumo do que foi amplamente noticiado; mas importa
sobremaneira refletirmos e interiorizarmos sobre a atitude da Márcia e de outras márcias deste país...
Que somos um povo pouco alegre e muito deprimido, o que a canção nacional (O FADO) patenteia, é notório e essa tristeza vem na nossa memória genética e atravessa os séculos
da nossa existência como nação.
E pensar que se não fosse o Afonso Henriques, pertenceríamos a um povo, (espanol) alegre por natureza...
Que um divórcio mexe com qualquer pessoa e a deprime, é certo...
Que o pós-parto pode provocar depressão numa jovem mãe também se compreende...
Que tenham sido estas as razões para a Márcia querer terminar com a sua vida e a da sua menina isso já não me parece determinante.
É normalmente a frustração pela falta de trabalho, de dinheiro e um acumular de dificuldades, porque muitos portugueses
passam, que leva ao divórcio e à depressão e, perdido tudo, desejam também libertar-se da vida e frequentemente libertar os que lhe são mais queridos.
Para onde caminhamos?...
Para onde caminha um povo
desiludido,
cansado,
desempregado,
a quem todos os dias lhes são pedidos mais sacrifícios?
Certamente para a negra noite abismal, um limbo onde já não
há natal e onde ´parece que até por Deus foi esquecido.
Feliz Natal a todos e especialmente às Márcias e Sofias no natal do nosso descontentamento.
Com o meu abraço e o meu afeto
João Quitério
Márcia Santos, professora, desempregada, divorciada, desesperada, pegando sua inocente filhinha Sofia de 20 meses ao colo, atirou-se de um viaduto de 40 metros de altura em Vila pouca de aguiar.
Márcia, a quem a curva da vida já havia tirado muito, perdeu também a vida; a pequena Sofia apenas partiu a perninha esquerda. Foi operada encontrando-se aos cuidados estremosos de profissionais da saúde no hospital de Vila Real que lhe diagnostica sobrevivência, como se renascesse...
Mas este não é caso único; no mesmo viaduto já se suicidaram, desde que foi aberto em 2007 quatro pessoas, três das quais professores.
Este é o resumo do que foi amplamente noticiado; mas importa
sobremaneira refletirmos e interiorizarmos sobre a atitude da Márcia e de outras márcias deste país...
Que somos um povo pouco alegre e muito deprimido, o que a canção nacional (O FADO) patenteia, é notório e essa tristeza vem na nossa memória genética e atravessa os séculos
da nossa existência como nação.
E pensar que se não fosse o Afonso Henriques, pertenceríamos a um povo, (espanol) alegre por natureza...
Que um divórcio mexe com qualquer pessoa e a deprime, é certo...
Que o pós-parto pode provocar depressão numa jovem mãe também se compreende...
Que tenham sido estas as razões para a Márcia querer terminar com a sua vida e a da sua menina isso já não me parece determinante.
É normalmente a frustração pela falta de trabalho, de dinheiro e um acumular de dificuldades, porque muitos portugueses
passam, que leva ao divórcio e à depressão e, perdido tudo, desejam também libertar-se da vida e frequentemente libertar os que lhe são mais queridos.
Para onde caminhamos?...
Para onde caminha um povo
desiludido,
cansado,
desempregado,
a quem todos os dias lhes são pedidos mais sacrifícios?
Certamente para a negra noite abismal, um limbo onde já não
há natal e onde ´parece que até por Deus foi esquecido.
Feliz Natal a todos e especialmente às Márcias e Sofias no natal do nosso descontentamento.
Com o meu abraço e o meu afeto
João Quitério
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