Amigos são a família que escolhemos e que não nos foi imposta por convencionalismos de nome, de sangue, de adn ou de casamento.
Escolhemo-los por razões que na maior parte das vezes a razão desconhece mas o coração determina. São porque sâo e ponto.
Amigos há cujo coração é como a trepadeira, que onde se encosta cria raízes.
Ter amigos, é ver a solidão derrotada, é ter a verdade partilhada e praticada mesmo quando essa verdade dói e não vem ao encontro dos nossos ideais.
Mas ter amigos é uma grande tarefa, é um trabalho sem fim, uma construção permanente e alegre mas que também envolve renúncias e tristezas misturadas com a alegria de ver olhares limpidos e francos e corações abertos que se sentem a pulsar num abraço entusiasmado ou num apertar de mãos.
Ter amigos é como ser lavradores a cuidar da vinha, amigos que compartilham a boa colheita como a desgraça da sua perda.
Amigos que mesmo se de lábios fechados sabemos o seu pensamento de comunhão com as nossas alegrias e também com as nossas tristezas e derrotas.
Amigos que lêem na profundeza do nosso olhar o que nos vai na alma, o que nos atormenta.
Amigos cujo conhecimento vem de outro espaço e de outro tempo, migrados de outras vidas das quais não temos lembrança e que não sabemos explicar.
Amigos de um tempo só imaginável e explicável á luz da espiritualidade de um espaço que sucessivamente é preenchido repetitivamente até á perfeição que merecemos e ambicionamos e onde finalmente seremos um tôdo de luz.
A esses amigos, que sabem que o são, sem que lho diga, dedico esta crónica com tôda a minha amizade e o meu afecto.
continua Joao ,as tuas cronicas sao um incentivo ao pensamento e a reflexão.
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