O novo ano começa aqui e hoje, primeiro dia de janeiro de 2012; mas isso que importa? De ontem para hoje trouxemos os problemas que carregamos no velho 2011 do nosso descontentamento.
Do ano velho para o novo transita, inteirinho o governo mais insensivel que alguma vez conhecemos no Portugal democrático.
Do ano velho trazemos às costas, arrastados como asnos a perda de independência de um país esquecido da sua história, amarfanhado, no seu orgulho de velho descobridor de mundos; hoje graciosamente inclinado e sugeito às patadas duma "troika" e de uma imperatriz germana que de Portugal sabem tão pouco como alguns ministros... Resumem todo um povo a meros numeros matemáticos e do qual desejam apagar a solidariedade social, justamente devida e a memória histórica.
Para 2012, se alguém tinha qualquer veleidade de esperança e ilusão em melhores dias, os tecnocratas, reformistas e liberais, (os que nos governam, e os doutos que opinam) lá nos foram avisando nas ultimas semanas que "2012 vai ser muito, muito dificil...
Dificil para nós povo, não para eles, que sentados à mesa do orçamento, jamais passarão a comer uma sopinha ou se deslocarão envergonhadamente, às instituições de solidariedade social na procura de alimentos para sobreviverem.
Somos realmente um povo minguado de alma, quase desejoso de que a noite passada, às zero horas as estrelas se apagassem, a lua se desligasse e os computadores se deletassem por forma a esconder a humilhação, o desânimo, os problemas.
Mas hoje, no primeiro dia ainda que com nuvens (mau presságio), o sol por cima delas, Rei e Senhor, lá está iluminando, aquecendo e certamente pela noite a lua também lá estará como sempre e as estrelas, também não faltarão, mas se não estiverem, resta-nos a esperança de acendermos uma vela para não tatearmos na escuridão que nos prometem e anunciam.
Na esperança de que mesmo os caídos na valeta, possam olhar as estrelas deixo os votos de feliz 2012...
Com o meu abraço e o meu afeto.
João Quitério
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